Caro amigo,
Terminei de ler esse livro hoje vim correndo escrever uma resenha dele.
Comprei ele na BlackFriday da Submarino por 2 reais (ainda está). E como compensou !! É um daqueles livros que você não espera nada, mas aí se torna um dos melhores que você já leu. Bom, aconteceu comigo.
Dados sobre o livro:
Páginas: 272
Editora: Sextante
Ano: 2010
Skoob: Como Falar com um Viúvo
Sinopse:
Desde que sua esposa, Hailey, morreu há um ano, Doug Parker só pensa em se afogar em autopiedade e Jack Daniel's. Não tirou nada do lugar em que ela deixou: o sutiã continua pendurado na maçaneta da porta, o livro, sobre a mesinha de cabeceira. Nada mais tem graça e até os coelhos que insistem em aparecer no gramado de sua casa no subúrbio de classe média alta de New Radford o tiram do sério.
Mas Doug tem outras coisas com que se preocupar. Seu pai sofreu um AVC e não se lembra de quase nada. Sua mãe, uma ex-atriz de teatro, continua agindo como se ainda vivesse seus dias de fama. Sua irmã caçula e certinha, Debbie, conheceu o noivo durante o velório de Hailey, e Doug não consegue perdoá-la por isso. Seu enteado de 16 anos, que já foi um rapaz tranquilo, agora vive arrumando encrencas cada vez mais sérias.
E tudo se torna ainda mais confuso para Doug quando Claire, sua divertida e mandona irmã gêmea, grávida e prestes a se divorciar do marido, se muda para sua casa, disposta a arrancá-lo do estupor do luto e trazê-lo de volta à vida - e isso inclui começar a sair com outras mulheres.
Doug é jovem, charmoso e triste, ou seja, tem a química perfeita para protagonizar os mais inusitados encontros românticos. Em pouco tempo sua vida vira do avesso e lhe escapa totalmente ao controle, gerando uma hilária série de equívocos sexuais e episódios familiares tragicômicos.
Engraçado, melancólico, sensual e inteligente, Como falar com um viúvo é um romance sobre encontrar seu próprio caminho, mesmo quando não se tem ideia do lugar aonde se quer chegar.
Resenha:
Romance sem muito drama, sem frescuras, nu e cru. O melhor tipo. "Como
falar com um viúvo" é narrado por Doug, um cara jovem, esbelto, bonito e triste.
Faz um ano que sua esposa morreu e ele ainda vive no luto, se afogando no
sofrimento. A dor é a prova de que sua mulher existiu e não senti-la seria como
superar a sua morte. Um tanto melancólico.
"Eu tinha uma esposa. Seu nome era Hailey. Agora ela se foi.
E eu também."
A vida de Doug começa a mudar quando Claire, sua irmã gêmea
que está grávida e divorciando do marido, muda pra casa dele. Além dela, tem o
Russ, que era filho de Hailey com outro cara. Um adolescente rebelde, revoltado
e triste.
Por “ordem” de Claire, Doug começa a sair mais. E a
encontrar com outras mulheres também. Umas das partes mais engraçadas são os
encontros dele. Ele está prestes a ficar rico, por ser colunista de uma
revista, receber inúmeros convites de editoras interessadas no que ele escreve
sobre seu sofrimento e pelo seguro que ele vai receber da companhia aérea
(Hailey morreu num acidente aéreo). Além de ser charmoso, bem atraente e jovem,
o que faz várias mulheres interessarem por ele. Todos com uma pitada sensual.
O que mais me atraiu no livro foi a liberdade de escrita do
autor. Ele não mediu palavrões, cenas de sexo detalhadas, além de uma linguagem
forte, lírica, de surpreender.
Outra coisa bastante legal são os diálogos. Sempre com um
humor na medida certa.
Diálogo entre Doug e Russ, quando Doug descobre que o garoto
fez uma tatuagem no pescoço:
"-
Legal – comento sem entusiasmo.
-
Você sabe o que é? – me desafia Russ
-
Um espermatozóide em chamas?
-
Vá se foder.
-
Um meteoro.
- É
um cometa – explica ele.
-
Qual é a diferença?
-
Como é que eu vou saber?
-
Certo. É um cometa.
Ele
acaricia a tatuagem como quem protege algo.
- É
o cometa Hailey.
As
lágrimas me enchem tão rápido os olhos que não tenho como contê-las."
Os personagens e suas características são muito bem
trabalhados e sempre provocam risos.
Sua irmã caçula, Debbie, é a “esperança” da família, mas
sofre por ser sempre excluída entre os irmãos.
Sua mãe é uma ex atriz, viciada em vinho e sofre com o
marido.
Seu pai era um excelente médico que sofreu AVC. Dia está lúcido,
outro dia age como uma criança.
Claire é a irmã gêmea que quer tirar o irmão do luto,
arrumando encontros e o ajudando em escolhas (escolhendo), mas sofre com o
casamento que está prestes a acabar.
E vários outros personagens que são de amar ou odiar. (Odiar
= Laney vadia Potter).
Foi muito divertido ler esse livro. Vou guardar como um dos meus favoritos, esperando a possível adaptação para o cinema.
Um romance para arrancar lágrimas e sorrisos. Além de causar
aquela tal depressão pós livro. Preciso de um “Claire” pra me ajudar a pegar
outros livros.
“A piedade, aprendi, é como um peido. Toleramos o nosso, mas simplesmente não dá para aguentar o de mais ninguém.”
“O céu esta me sacaneando. Hoje é um daqueles dias irritantemente perfeitos de primavera, o tipo de dia que parece estar se esforçando um pouco demais, e que desperta em nós uma vontade de lhe esmurrar a cara. O céu está mais azul do que tem direito a ser, falando sério, é um azul ostensivo, despótico, um azul que faz você sentir que estará cometendo um crime contra a humanidade se ficar em casa.”
“Não me iludo. Mas só porque um fato é verdadeiro, isso não quer dizer que eu esteja pronto para encará-lo hoje. Às vezes a única verdade com que podemos lidar é aquela com que acordamos a cada manhã. E hoje, como acontece em todas as manhãs, acordei com a minha dor. Sendo assim, faça-me o favor de não mexer com ela.”
“- Você não inventou a dor. Meu analista me disse isso uma vez.
- Sério? O seu analista lhe falou de mim?
- Acontece que as pessoas se tornam possessivas em relação à própria dor, quase orgulhosas. Querem acreditar que a dor delas é diferente da dor dos outros. Mas, na verdade, é exatamente igual. A dor é como um tubarão. Sempre existiu e, durante todo esse tempo, praticamente não evoluiu. Sabe por quê?
- Por quê?
- Porque é perfeita do jeito que é.”
- Sério? O seu analista lhe falou de mim?
- Acontece que as pessoas se tornam possessivas em relação à própria dor, quase orgulhosas. Querem acreditar que a dor delas é diferente da dor dos outros. Mas, na verdade, é exatamente igual. A dor é como um tubarão. Sempre existiu e, durante todo esse tempo, praticamente não evoluiu. Sabe por quê?
- Por quê?
- Porque é perfeita do jeito que é.”
Um abraço!
Markus A.
OOoi,
ResponderExcluirCaraca, 2 reais??? Eu tô indo agora comprar!
Não dava nada pelo livro. Maldita mania de julgar pelas aparencias! Gostei MUITO da sua resenha. Muito bem detalhada, cheia de emoção! Gostei do tema tratado, as vezes eu quero muito um livro assim.
Tô indo atras dele agora <3
Já estou seguindo!
Beijinhos,
www.entrechocolatesemusicas.com
Oi, Ana! Pois é, 2 reais. kkkkk Eu tb n esperava nada dele! Surpreendeu ! Compra la!
ResponderExcluirBjos!
Oii Markus, nossa o livro realmente parece ser muito bom! Eu amei os quoetes!
ResponderExcluirAbraços...
http://joandersonoliveira.blogspot.com.br/
Olá
ResponderExcluir“A piedade, aprendi, é como um peido. Toleramos o nosso, mas simplesmente não dá para aguentar o de mais ninguém.” kkkkkkkkk
Rolei de rir com isso. muito bom.
Bela resenha
Abraços
http://chacomresenha.blogspot.com.br/2014/12/resenha-meu-nome-nao-johnny.html
Oi, Joanderson !Obrigado pela visita!
ResponderExcluirLeo, tem cada frase nesse estilo nesse livro... morro de rir! Abraços !
Livro duas vezes barato: pelo preço e por a história parecer ser um barato!
ResponderExcluirGostei de maus uma das suas ótimas resenhas. Se eu visse o título ou a capa, não daria nada pelo livro (talvez, só R$2,00 mesmo), mas pela sua resenha me parece uma história que gostaria de ler.
petalasdeliberdade.blogspot.com
Oi, Mari !! Verdade, o livro é barato e a história, um barato ! Hahaha
ResponderExcluirNossa achei muito interessante e vou procurar por esse livro
ResponderExcluirOi, Edu. Procure e leia, porque vale muito a pena!!
ResponderExcluirOi Markus, tudo bem?
ResponderExcluirCara, eu já tentei comprar esse livro umas 5 vezes, mas, toda vez que o coloco no carrinho ele esgota. ¬¬´
E essa sua ótima resenha só aumenta minha tristeza. u.u Vamos cruzar os dedos e torcer pra que eu consiga comprá-lo. :p
A cada dia que passa mais eu vejo como é certo isso de "não julgue um livro pela capa", esse é um dos livros que se você só dar uma olhada, nem fica com vontade de comprar, mas, se o faz, se surprende.
Ansiosa por essa leitura! Ah, e parabéns pela resenha!
Beijos! :*
http://dreams-books-love.blogspot.com.br/
Oi, Lorrane! Ele ta sempre bem baratinho na Submarino! Tomara que você consiga comprar!! Obrigado pela visita! Bjos
ResponderExcluirMarkus